25/10/2022 - 10:52
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 166,287 bilhões em setembro, novo recorde para o mês, de acordo com a Receita Federal. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 4,07% na comparação com setembro do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 149,102 bilhões.
O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de setembro da série histórica, que tem início em 1995. Em relação a agosto deste ano, porém, houve queda real de 3,22% na arrecadação.
O resultado das receitas veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 162,0 bilhões a R$ 180,0 bilhões, e um pouco abaixo da mediana de R$ 168,0 bilhões.
O Fisco apontou o crescimento real de 9,85% na arrecadação do IRPJ/CSLL na comparação com o mesmo mês do ano passado, com destaque para a estimativa mensal, com alta de 13,28%. Também houve um avanço real de 86,41% na arrecadação do IRRF – Capital em razão da apreciação da Selic, influenciando nos recolhimentos dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.
Por outro lado, as reduções de alíquotas do IPI, além do PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis, diminuíram o recolhimento nessas fontes.
As desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 102,959 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, valor bem maior do que em igual período de 2021, quando ficaram em R$ 71,772 bilhões. Apenas no mês passado, as desonerações totalizaram R$ 11,817 bilhões, mais que o dobro do registrado em setembro do ano passado (R$ 5,669 bilhões).
No acumulado do ano até setembro, a arrecadação federal somou R$ 1,630 trilhão, também o maior volume para o período da série histórica. O montante ainda representa um avanço real de 9,52% na comparação com os primeiros nove meses de 2021.