27/04/2021 - 15:17
O Brasil será uma verdadeira economia de mercado uma vez que desenvolver laços internacionais, se capacitar, adotar boas práticas de crescimento sustentável e, particularmente, abrir mão de políticas protecionistas e intervencionistas. É o que defende o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt.
Durante a fala no Fórum do Desenvolvimento, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), na tarde desta terça-feira, 27, Fendt destacou que a ascensão internacional do país não é um processo trivial. “Precisamos quebrar essa sequência de voos de galinha produzida por políticas do passado. Não é uma transição fácil, mas é a transição necessária”, afirma.
Para o secretário, o apoio governamental para proteger empresas e famílias durante a pandemia de covid-19 foi essencial. “Houve uma deterioração das finanças públicas e privadas de maneira geral, devendo permanecer como um risco a ser monitorado nos próximos anos”, diz Fendt. “Chegará o momento em que será preciso avaliar quais empresas não conseguirão se sustentar sem apoio público para garantir essa transição da maneira mais suave possível.”
Embora afirme que os países emergentes, como Brasil, terão mais dificuldade na retomada econômica, Fendt acredita que a recuperação está avançando. “Há reformas estruturais que já aprovamos ou que estamos tratando no Congresso que trazem as melhores práticas em políticas públicas, reconhecidas pelos principais empreendedores ao redor do mundo”, conta.
O secretário defendeu que a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) poderia significar um estímulo importante para o País e que, junto ao ministro Paulo Guedes, acredita que o Mercosul precisa ser modernizado. “Avaliamos uma rebaixada da tarifa externa comum e a possibilidade das negociações unilaterais por cada um dos membros do bloco, de acordo com seus próprios interesses.”