A AFBNDES, associação que representa os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), viu a indicação do coordenador técnico da equipe de transição de governo, Aloizio Mercadante (PT), à presidência da instituição de fomento como um “sinal de prestígio” político, disse nesta terça-feira, 13, o presidente da entidade, Arthur Koblitz.

“É positivo, um sinal de prestígio, que o BNDES tenha um dos principais quadros do partido que vai governar o País designado para presidir a instituição”, afirmou Koblitz, que também é membro do Conselho de Administração do banco, na vaga destinada a representar os empregados.

Destacado o aspecto positivo do peso político do futuro presidente do BNDES, Koblitz ressaltou que a AFBNDES é apartidária. A posição da entidade, além da defesa dos interesses dos servidores do banco público, é em defesa de uma agenda para o papel do BNDES na política econômica.

Segundo Koblitz, os pontos principais da agenda defendida pela AFBNDES são a interrupção do processo de pagamento antecipado da dívida do banco de fomento com a União e um papel mais ativo do BNDES no financiamento aos investimentos na “reindustrialização” do País e na melhoria da infraestrutura.

Para isso, será preciso oferecer ao banco de fomento algum “instrumento” de incentivos, com mudanças na Taxa de Longo Prazo (TLP), os juros cobrados nos financiamentos do BNDES, disse Koblitz.

“Vamos levar a agenda ao futuro presidente. A expectativa é de convergência, mas a nossa associação é independente”, afirmou Koblitz.