A Cooperativa Central Aurora Alimentos – um dos três maiores conglomerados agroindustriais do setor cárneo brasileiro – anunciou hoje a aquisição da unidade industrial de abate e processamento de suínos da antiga Chapecó Companhia Industrial de Alimentos, localizada em Chapecó, que estava arrendada desde dezembro de 2003.

O anúncio foi feito pelos diretores Mário Lanznaster (presidente), Neivor Canton (vice-presidente) e Marcos Antônio Zordan (diretor de agropecuária) e Caciano Antônio Capello (gerente geral da Unidade).

         A aquisição deu-se nos autos do processo de falência da Chapecó, através de uma venda judicial extraordinária realizada nos termos da legislação vigente, devidamente aprovada pelos credores diretamente interessados, pelo Ministério Público, e, autorizada e homologada pelo Juiz da 3ª Vara Cível da Comarca de Chapecó.

O valor nominal da transação foi de R$ 235 milhões em recursos financiados pelo prazo de 12 anos por quatro instituições financeiras: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco ABC, Banco do Brasil e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Além da indústria de suínos, a compra alcança um conjunto de ativos que entre granja de suínos e reflorestamentos, perfazem a área total de 780 hectares, aproximadamente.

Depois de 12 anos de arrendamento, período em que a Aurora otimizou as atividades do frigorífico, processando matéria-prima regional e empregando mão de obra local, a aquisição da indústria pela Coopercentral tornou-se  irreversível. A unidade ocupa papel estratégico no esforço de ampliação das linhas de produtos industrializados.

A indústria frigorífica tem capacidade instalada para abater 2.700 suínos/dia, mas, atualmente processa 2.000 cabeças/dia e mantém 1.764 empregados diretos. A  prioridade da Aurora ao arrendar a planta, em 2003, não era ampliar os abates na unidade da Chapecó, mas industrializar a carne suína gerando um mix de produtos acabados das linhas de salsichas, linguiças defumadas, linguiças frescais, presuntos, apresuntados, mortadelas e salgados, além de cortes. Isso representou, na época, um aumento de 50% na capacidade instalada de industrialização.

Em 2014, essa unidade abateu e processou 510 mil suínos, produziu 46,5 mil toneladas in natura de carne suína e industrializou 80,6 mil toneladas de produtos cárneos. Fonte: Ascom