10/09/2012 - 15:02
O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, afirmou em um comunicado oficial que é contra a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de prorrogar para 15 de fevereiro o pagamento de parcelas de dívidas vencidas, ou a vencer entre 1º de janeiro deste ano e 14 de fevereiro de 2013, restringir-se somente aos produtores não integrados. Segundo Turra, a medida praticamente não tem efeito para reduzir o grave estado em que se encontra grande parte dos avicultores do país porque mais de 90% de todos os produtores do setor avícola brasileiro são integrados às agroindústrias. “Só posso pensar que houve equívoco do CMN na percepção do setor avícola, no qual a maioria é de integrados”, diz Turra. A medida também deveria chegar às agroindústrias, responsáveis por movimentar a cadeia produtiva.
Para Turra, na mais grave crise de nossa história, o governo federal tem se manifestado por medidas de apoio em conta-gotas, sem contundência, diferente do que ocorre em outros setores não agropecuários nacionais.
Turra lembra o anúncio feito pelo governo no primeiro semestre deste ano sobre o Plano Brasil Maior, que originalmente trazia uma série de medidas de apoio ao setor industrial, porém sem qualquer medida voltada para a agroindústria. “Somente em nosso setor são mais de 700 mil empregos diretos nas fábricas. Quase 6 mil já foram perdidos, muitas empresas reduziram turnos, outras fecharam. Já nos manifestamos em todos os órgãos e junto a todas as autoridades do governo, e não vemos uma sensibilização, de fato, sobre a gravidade de nossa situação”, diz Turra. Começamos a nos perguntar o que é preciso acontecer de mais grave para que nosso setor entre na pauta de decisões e investimentos do governo.”