O Banco Central da Colômbia elevou a sua taxa básica de juros em 25 pontos-base (pb), a 13,25% ao ano, mantendo o ciclo de aperto monetário do país. A decisão não foi unânime: quatro diretores optaram pelo aumento, dois votaram por manutenção dos juros e um defendeu alta de 50 pontos-base.

O comunicado destaca que a inflação anual em março se manteve “relativamente estável”, caindo de 24,1% em fevereiro para 24,1%. No mesmo período, as expectativas de inflação de doze meses reduziram de 7,2% a 7,0% e se mantiveram na mediana de 5,0% para o final de 2024. Contudo, a Junta Diretiva do BC afirma que o setor de serviços continua provocando pressões inflacionárias no país e que a decisão adotada reflete o objetivo trazer a inflação para a meta de 3,0%.

O Banco Central da Colômbia também elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, de 0,8% para 1,0%. Segundo o banco central, a atividade econômica “continua desacelerando”, embora em ritmo inferior ao esperado.

A Junta Diretiva ainda ressaltou a avaliação favorável da Colômbia no Fundo Monetário Internacional (FMI) e a ratificação das condições de acesso à linha de crédito flexível da instituição, o que representaria “solidez” da política macroeconômica colombiana.

Em coletiva de imprensa, o atual ministro da Fazenda e Crédito Público, José Antonio Ocampo, comentou sobre a recente troca de autoridades no gabinete ministerial, deflagrada pelo presidente colombiano Gustavo Petro na última quarta-feira, 26. “Como meu último dia no cargo, posso dizer que trabalhamos para manter o equilíbrio entre um trabalho melhor na política monetária e na fiscal. Espero que meu sucessor mantenha como foco a estabilidade fiscal da Colômbia”, afirmou Ocampo, que será substituído pelo economista Ricardo Bonilla.