O Banco Central do Chile decidiu nesta quarta-feira, 12, por unanimidade, elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 11,25%. Em seu comunicado, ele afirma que as condições financeiras internacionais “têm se deteriorado”, com a inflação global dando sinais de “maior persistência”.

O BC chileno diz que as expectativas do mercado apontam para um “prolongado ajuste monetário nas economias desenvolvidas”. Os mercados globais mantêm ainda “elevados níveis de volatilidade”, aponta a instituição. No Chile, a inflação ficou em 13,7% em setembro, na comparação anual, “diminuindo levemente com relação a agosto”, mas com alta na inflação subjacente, a 11,1% na comparação anual.

O comunicado afirma que, para o conselho do BC chileno, a taxa básica de juros chegou ao nível máximo do ciclo iniciado em julho de 2021 e “manterá este valor pelo tempo necessário para assegurar a convergência da inflação à meta no horizonte da política de dois anos”. Mas também cita que os riscos para o cenário macro são “elevados” e que suas implicações para o curto e o médio prazo “devem ser avaliadas com cuidado”.