02/02/2022 - 13:30
Um bebê de um ano e quatro meses morreu em Brasília na noite da última segunda-feira, 31, com complicações causadas pela covid-19. A criança estava internada no Hospital da Região Leste (HRL), no bairro Paranoá, na capital federal, e faleceu pela somatização de quadro respiratório agudo e parada cardiorrespiratória.
A criança deu entrada no hospital com “suspeita diagnóstica de pneumonia”, mas, em poucas horas, o quadro se agravou para instabilidade respiratória. Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que deu início ao tratamento da crise respiratória com antibióticos e oxigenação, via cateter nasal, enquanto aguardava o resultado do teste de covid-19.
De acordo com a pasta, a criança respondeu bem aos procedimentos iniciais, porém, a instabilidade na respiração demandou a mudança de suporte respiratório para ventilação não invasiva. Ainda segundo as autoridades do Distrito Federal, a criança foi inserida na fila de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com classificação de prioridade 2, indicada para pacientes que necessitam de suporte ventilatório, porém sem intubação.
O Distrito Federal atingiu nesta quarta-feira, 2, taxa de 94,74% de ocupação dos leitos de UTI. Os dados de hoje na região leste, onde a criança morreu, não estão disponíveis na plataforma da Secretaria de Saúde que reúne os dados.
Apesar da adoção dos protocolos conforme a evolução do caso, a partir das 18h da segunda, “houve piora abrupta em seu quadro clínico”. Logo na sequência, a criança sofreu parada cardiorrespiratória e foi submetida ao processo de reanimação por 40 minutos. Segundo o Governo do Distrito Federal, “apesar de todos os esforços protocolares da equipe médica, a criança foi a óbito”.
Somente depois da morte foi confirmado que a criança testou positivo para covid-19. Dados no site da Secretaria de Saúde do DF mostram que na tarde desta quarta só há um leito de UTI disponível na rede pública da unidade federativa. A vaga está aberta no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Em contrapartida, não há leitos pediátricos vagos.