11/01/2022 - 19:53
As Melhores da Dinheiro Rural – 2021
NUTRIÇÃO ANIMAL
O ano de 2021 começou com perspectivas de céu de brigadeiro para a pecuária brasileira e, a reboque, para o setor de nutrição e saúde animal. Alta demanda interna e externa, aliada a preços em patamares elevados, levaram a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) a projetar alta de 5,5% para a produção de frango (14,5 milhões de toneladas) e 3,5% para suínos (4,4 milhões ton.). Já o rebanho bovino começou o ano com 218,2 milhões de cabeças, 1,5% maior do que o ano anterior e o maior efetivo desde 2016. Currais e granjas lotados são sinônimos de boas oportunidades para o setor de nutrição animal, que registrou crescimento de 5,2% no primeiro semestre do ano, segundo Ariovaldo Zani, CEO do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). “Nossas expectativas foram superadas” afirmou.
Para a segunda metade do ano, as perspectivas continuam positivas, a despeito de um sinal amarelo que se acendeu sobre a indústria. No fim do terceiro trimestre, a China interrompeu a importação de carnes brasileiras alegando questões sanitárias. Some-se ao fato a constante ameaça da União Europeia em suspender o comércio com o Brasil devido a problemas ambientais. Mas como diz uma das máximas da administração: todo problema bem gerenciado leva a uma oportunidade. Animais nutridos com aditivos corretos tornam o plantel mais saudável, mais produtivo e até ecologicamente mais responsável. É isso que diz o estudo Nutrição Responsável: Contribuindo com o Meio Ambiente.
Realizado pelo Sindirações em parceria com a Embrapa Suínos e Aves, o estudo mostra que o acréscimo de determinados aditivos nutricionais na composição de rações, substituindo parte de proteínas como milho e farelo de soja, diminui a emissão de gases relacionados com o aquecimento global: 1% a menos de proteína bruta em uma dieta de suínos reduz em 10% os níveis de nitrogênio nos dejetos e diminui em 30% a presença de fósforo nas fezes, além de uma redução de 3% no consumo de água e de 5% no volume de dejetos. “Há uma janela escancarada de oportunidades no segmento. É uma alternativa para reduzir os custos com grãos e aumentar a produtividade com sustentabilidade”, disse Zani.
Essa é uma das janelas que o presidente da Phibro Saúde Animal, Mauricio Graziani, quer explorar. “Nosso papel é contribuir para os desafios dos nossos clientes e para isso temos uma série de alternativas e soluções”, afirmou. A empresa atua no mercado de saúde animal de todas as proteínas cultivadas em fazendas — suínos, aves, ovos, bovinos, leite, camarão e tilápia — com uma farta oferta de produtos, como aditivos nutricionais, antimicrobianos e vacinas.
A empresa, vencedora da categoria nutrição animal do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2021, vê boas perspectivas para o próximo ano. “A área de aditivos nutricionais foi a que mais cresceu em 2020 em percentual (dois dígitos) e tem sido também assim em 2021”, afirmou Graziani. As projeções apontam um ritmo de expansão acima de 10% nos próximos anos, principalmente em tilápias e bovinos. Já para os mercados mais consolidados, como aves e suínos, o ritmo deve ser menor, “mas ainda será de crescimento”, afirmou.
Para atender à demanda, a Phibro já considerou em seu planejamento estratégico um plano de expansão para os próximos três anos, “tanto no parque industrial como em novos produtos”, disse o presidente. Dentre as ações, melhorias para a infraestrutura das fábricas de Guarulhos e de Bragança Paulista, ambas em São Paulo. Mas o grande pulo do gato da Phibro para expandir seu mercado é oferecer serviços aos seus clientes. “Temos feito uma série de iniciativas para munir o mercado com informações, orientações e técnicas para que o produtor melhore a rentabilidade de sua propriedade.”
Entre as principais novidades, o aplicativo Comand. A ideia da plataforma é que o criador de gado coloque os dados da fazenda, o tipo de animal, de produção, ocorrência de sombra e outros, que são conectados com o forecast de temperatura e de chuvas. Essa combinação mostrará qual período o animal pode estar com mais ou menos estresse, informação que, segundo a empresa, auxiliará o produtor a tomar decisões de manejo para entrar com aditivos que possam contribuir com o bem-estar do animal.
Unindo conhecimento, tecnologia e serviço ao cliente a Phibro espera fechar o ano com crescimento de 11,6% ante os mais de R$ 422 milhões de 2020.