05/05/2021 - 17:12
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou evento na tarde desta quarta-feira, 5, para falar sobre o apoio que seu governo oferece a restaurantes e outros comércios do setor alimentício. Biden disse que o país avança na vacinação contra a covid-19 e isso beneficia a economia, mas também admitiu que o setor de alimentação continua a ser muito afetado, no quadro atual, com muitos cortes de pessoal e também falências.
Além disso, o líder usou o evento para novamente defender sua proposta de aumentar impostos no setor corporativo e também para os mais ricos do país.
Biden disse que o governo destinou um fundo para apoiar o setor de alimentação, que já tem recebido pedidos por meio de um site com essa finalidade. Além disso, em parte do evento fez uma defesa de que exista mais justiça na arrecadação tributária. “Os muito ricos precisam começar a pagar a parcela justa” em impostos, afirmou.
Segundo ele, isso não afetará em nada o padrão de vida dos multimilionários, mas permitirá, por exemplo, financiar faculdades comunitárias para uma parcela grande da população trabalhadora, e também aumentar a cobertura de saúde para esse grupo.
O presidente ainda voltou a defender um aumento no imposto corporativo. Biden lembrou que, no governo anterior de Donald Trump, houve um corte de impostos para as empresas, com o argumento de que isso geraria mais investimentos em empregos. O atual líder, porém, afirmou que isso não aconteceu. “Qual foi o benefício disso?”, questionou.
Com o corte sob Trump, o imposto corporativo no país está em 21%. Biden deseja elevar isso a 28%, a fim de financiar seus planos de gastos, mas comentou nesta quarta que está disposto a negociar o tema com a oposição do Partido Republicano.
Alguns senadores oposicionistas indicaram que poderiam aceitar uma alta menor, a 25%. O presidente democrata, porém, também enfatizou a importância de não se elevar demais o déficit fiscal.
Biden ainda criticou empresas que, segundo ele, conseguem meios para não pagar nada de imposto. Ele disse que há “35 ou 30” corporações que não pagaram nada no ano passado, mas estão na lista da Fortune de 500 maiores empresas do país. “Que sentido faz isso?”, indagou.