São Paulo, 22 – A Boa Safra, empresa líder na produção de sementes de soja no Brasil, realizou na manhã desta segunda-feira, 22, o evento de abertura de negociações de ações primárias da companhia na B3. A empresa, que tem capital aberto desde 2021, emitiu 18.181.818 ações, negociadas a R$ R$ 16,50 cada, com operação total de R$ 299.999.997,00. A partir do evento desta segunda-feira, as ações passam a ser negociadas na bolsa, com liquidação física e financeira na terça-feira.

De acordo com o CEO da empresa, Marino Colpo, desde o IPO a Boa Safra cresceu em média 3,5 vezes. “É um crescimento de 52% ao ano. Agora, queremos triplicar novamente”, disse, durante a cerimônia.

Com a nova oferta de ações, o capital social da companhia passa a ser de R$ 768.834.452,40, dividido em 135.322.144 ações.

Colpo destacou a importância da soja no negócio da empresa, mas disse que a Boa Safra está atrás de novos mercados. O objetivo é continuar expandindo, com a solidificação da soja e a ampliação do portfólio de sementes de milho, forrageiras, sorgo, trigo e feijão. “Queremos continuar crescendo ainda mais. Queremos surpreender o mercado”, afirmou.

Com a nova oferta, a empresa espera continuar investindo na expansão dos negócios de armazenamento por meio de Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS) e Centros de Distribuição (CD), com vistas a formar e aumentar a capacidade instalada total de sementes.

O processo de venda de ações primárias dá sequência à abertura de capital da empresa de Formosa (GO). Em abril de 2021, quando realizou o IPO, a Boa Safra ofertou mais de R$ 500 milhões em ações, valor aplicado em um ciclo de investimentos concluído no ano passado. Os aportes, segundo a empresa, permitiram a ampliação da capacidade de 3 para 9 plantas. Hoje, segundo Colpo, a Boa Safra tem mais de 40 mil acionistas. “Esse crescimento é uma declaração de confiança que o mercado está nos dando”, afirmou.

O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, destacou a importância da oferta da Boa Safra para o mercado. Segundo ele, há um duplo movimento com a chegada das empresas do agro ao mercado de capitais. “Por um lado, mostra a relevância do setor. Além disso, traz para a bolsa um público que não costumava participar dessas ofertas”, disse.