Os mercados acionários da Europa registraram ganho, nesta quinta-feira, 6. O quadro foi positivo desde a abertura, apoiado por um sinal mais forte do que o esperado da indústria da Alemanha, com algumas praças exibindo ganhos de cerca de 1%.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 1,03%, em 7.741,56 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,50%, a 15.597,89 pontos, enquanto em Paris o CAC 40 subiu 0,12%, a 7.324,75 pontos. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB registrou ganho de 1,29%, a 27.213,86 pontos, em Madri o Ibex 35 subiu 0,68%, a 9.317,20 pontos, e em Lisboa o PSI 20 subiu 0,60%, a 6.118,32 pontos. As cotações são preliminares.

A produção industrial da Alemanha cresceu 2,0% em fevereiro ante janeiro, quando analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam estabilidade. Na avaliação do ING, o fôlego do setor na maior economia europeia alivia riscos de uma recessão técnica entre o quarto trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023. O ING, porém, também advertiu para a divergência crescente entre o consumo, contido pela inflação elevada, e a atividade industrial.

A Oxford Economics, por sua vez, diz que a semana abreviada pelo feriado na sexta-feira teve como fator digno de nota “talvez a falta de qualquer notícia dos bancos europeus na zona do euro”. Em meio a indicadores positivos recebtes, a consultoria acredita que o quadro encorajará o Banco Central Europeu (BCE) a continuar a elevar os juros. A Oxford projeta “pelo menos mais duas altas de 25 pontos-base” nos juros pelo BCE, em maio e junho, e ainda vê uma terceira em julho como tendo “mais chance de ocorrer do que de não acontecer”.

Entre dirigentes do BCE, Philip Lane afirmou que a decisão de juros de maio depende de fatores ligados à inflação, sem se comprometer anteriormente com o desfecho da reunião. O aperto monetário tende a ser negativo para os mercados acionários, mas nesta quinta o dado positivo da Alemanha recebeu mais foco.