Os mercados acionários europeus fecharam o primeiro pregão de 2023 em alta, apoiados por uma leve melhora na indústria da região. O pregão também foi de liquidez restrita, em dia de agenda esvaziada e com os mercados de Nova York e do Reino Unido fechados devido ao feriado do ano novo. Na Ásia, a maioria das bolsas também não operou.

Em Paris, o CAC 40 avançou 1,87%, a 6.594,57 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,90%, a 24.158,28 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,72%, a 8.370,30 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta de 1,05%, a 14.069,26 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 aumentou 1,80%, a 5.829,15 pontos. As cotações são preliminares.

Nesta segunda, a S&P Global divulgou os índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro e da Alemanha. Ambos aumentaram, mas ainda permaneceram abaixo dos 50, indicando contração nas atividades.

Segundo análise da Oxford Economics, os resultados apoiam a previsão da empresa de que a região deverá passar por uma recessão em 2023, apesar de superficial.

Conforme previsão do banco BBVA, caso não ocorram novos choques econômicos, a inflação deverá desacelerar em 2023. Na visão da instituição, apesar da força do consumo privado, é mais provável que o aperto monetário acabe reduzindo o crescimento e eventualmente contribua para recessões curtas e brandas, pelo menos nos Estados Unidos e na Europa.

Na mesma visão, o Danske Bank destaca que o foco segue nos BCs e na inflação, bem como nos sinais de quão longa e profunda será a recessão. “Para que as pressões inflacionárias esfriem, ainda é necessário um maior aperto das condições financeiras e uma atividade econômica mais fraca”.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu mais de 1% nesta sessão. Entre as maiores altas das bolsas, estão os papéis da Zalando, em alta de mais de 6% na Bolsa de Frankfurt, e a Renault, que subiu quase 7% na Bolsa de Paris.