Após começar o ano com altas seguidas, os mercados acionários da Europa começaram a perder fôlego nesta semana e fecharam nesta quinta-feira, 19, em baixa. Entre os drivers que movimentaram o mercado estiveram a publicação da ata do Banco Central Europeu (BCE) e declarações do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 1,07%, a 7.747,29 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em queda de 1,72%, a 14.920,36 pontos. O CAC 40, em Paris, caiu 1,86%, a 6.951,87 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 1,75%, a 25.596,28 pontos, este terminando na mínima do dia. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 1,60%, a 8.790,60 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 1,77%, a 5.862,32 pontos.

Nesta quinta, o BCE publicou a ata da sua última reunião monetária. Segundo a Capital Economics, o documento indica que o BC europeu deverá aumentar suas taxas de juros em 50 pontos-base (pb) nas duas próximas reuniões de política monetária. A visão é a mesma do banco ING, que destaca que o ciclo de altas da autoridade monetária está “longe de terminar”. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou em Davos que deve ser mantida a trajetória atual de aumento de juros, dainte da inflação “muito alta”.

Já no Reino Unido, o presidente do BoE, Andrew Bailey, disse ao Business Live que a inflação do país está no caminho certo para cair rapidamente a partir da primavera do Hemisfério Norte deste ano, visão que coincide com a previsão da High Frequency Economics. Ainda em entrevista, Bailey previu que o Reino Unido entrará em recessão, mas apenas superficial.

Ao contrário de quarta, quando empresas ligadas a commodities registraram alta seguindo o movimento dos preços do cobre, a perda de fôlego do metal também pesou no setor, é o que indica a CMC Markets. Com isso, as empresas Antofagasta e Glencore tiveram em Londres baixa de mais de 4% e de quase 2%, respectivamente.

Na esteira de Wall Street, os mercados europeus ainda reagiram à aversão ao risco vista nas bolsas de Nova York nas primeiras horas do dia, o que confirmou quadro negativo entre as ações.