As bolsas da Europa fecham em queda, em sua maioria, com exceção da praça em Lisboa. Níveis recordes da inflação ao consumidor na zona do euro e Reino Unido estiveram no radar dos operadores, que seguem monitorando o desenrolar da política britânica.

O índice pan-europeu Stoxx600 caía 0,42%, a 398,18 pontos, às 12h50 (de Brasília). Já o FTSE 100, em Londres, fechou com queda de 0,17%, a 6.924,99 pontos, e o DAX, em Frankfurt, cedeu 0,19%, a 12.741,41 pontos.

A taxa anual do índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) atingiu a marca recorde de 9,9% no mês passado na zona do euro, levemente abaixo da projeção de analistas. Na avaliação da Oxford Economics, a revisão marginal não deve ser suficiente para alterar a postura do Banco Central Europeu (BCE) em relação à sua política monetária.

Em entrevista à Bloomberg, o presidente do Banco Central da Eslovênia e dirigente do BCE, Bostjan Vasle, afirmou que a instituição deve subir juros em 75 pontos-base (pb) nas próximas duas reuniões. Ele comentou que será necessário pensar em encolher o balanço do BCE “provavelmente” em 2023.

No Reino Unido, o CPI de setembro avançou 10,1%, no maior nível desde 1982. Com base no dado, a Capital Economics reiterou sua previsão de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) irá elevar os juros em 100 pb na reunião de 3 de novembro.

Nesta quarta, em testemunho ao Comitê do Tesouro do Parlamento britânico, o vice-presidente do BoE, Jon Cunliffe, disse que autoridade monetária tem “confiança o suficiente” no mercado de Gilts, os títulos britânicos, para seguir com seu aperto quantidativo (QT, na sigla em inglês). O dirigente mencionou a recente reversão dos planos fiscais como fator importante para estabilização.

Em relatório, o CMC Markets comenta que os bancos do Reino Unido enfrentaram algumas dificuldades nesta quarta. O Lloys Banking, por exemplo, caiu 4,68%. Reportagem do Financial Times mostrou que ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, planeja taxar lucros de bancos e empresas de energia para lidar com o rombo fiscal de 40 milhões de libras.

Em Paris, o CAC 40 perdeu 0,43%, a 6040,72 pontos, e em Milão, o FTSE MIB cedeu 0,22%, a 21472,11 pontos. Nas praças ibéricas, o IBEX35 teve baixa de 0,36%, a 7.583,60 pontos, na leitura preliminar, e o PSI 20 subiu 0,49%, a 5426,31 pontos.