Os mercados acionários de Nova York fecharam o pregão de forma positiva nesta quarta-feira, 11, estendendo os ganhos de ontem, em dia de agenda esvaziada e com investidores no aguardo da publicação de quinta-feira do relatório da inflação ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês).

O índice Dow Jones subiu 0,80%, aos 33.973,01 pontos, o S&P 500 avançou 1,28%, aos 3.969,61 pontos e o Nasdaq fechou em alta de 1,76%, aos 10.931,67 pontos. Mais cedo, no pregão, as bolsas aceleraram a alta, apoiadas pelos setores financeiro e tecnológico, com os papéis da Amazon subindo mais de 5%, os da Tesla avançando quase 4% e com os do Goldman Sanchs em alta de cerca de 2%.

Investidores esperam novos direcionamentos para a próxima alta de juros do Fed, principalmente após o discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, ontem, com poucas novidades sobre política monetária.

Nesta quarta, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, defendeu uma alta de juros de 25 pontos-base (pb). A dirigente, entretanto, não vota nas decisões de juros deste ano. Segundo a ferramenta do CME, as chances de um aumento nessa faixa estavam em 79,2%, enquanto a possibilidade de um aumento de 50 pb estava em 20,8%.

Segundo a ANZ, investidores também estão no aguardo da publicação do CPI dos EUA na quinta, às 10h30. A partir da mediana de 28 analistas consultados pelo Projeções Broadcast, o resultado deverá indicar estabilidade na inflação, o que representaria uma desaceleração após a alta de 0,1% em novembro.

Apesar das boas perspectivas, o Citi prevê que, mesmo que os EUA evitem uma recessão este ano, o aperto monetário do Fed ainda levaria o país a uma contração em 2023. Apesar de significar uma possível queda na inflação, a contração da economia também pode ser prejudicial para as empresas e, consequentemente, para seus investidores.

Na visão do Citi, a demanda sustentada pelos serviços, junto a uma oferta limitada, seria o suficiente para manter os salários subindo, sugerindo uma inflação mais persistente e levando a mais aperto monetário por parte do Federal Reserve (Fed).