O S&P 500 e o Nasdaq fecharam em alta o pregão desta quinta-feira, 2, das bolsas de Nova York, na contramão do Dow Jones. O salto superior a 20% na ação da Meta forneceu particular impulso ao índice de empresas do setor de tecnologia, que chegou a operar em território de “bull market”.

No fechamento, o Dow Jones caiu 0,11%, a 34.053,94 pontos, pressionado sobretudo por Caterpillar (-1,86%), Chevron (-1,37%) e JPMorgan (-0,47%). Na outra ponta, o S&P 500 avançou 1,47%, a 4.179,76 pontos, enquanto o Nasdaq aumentou 3,25%, a 12.200,82 pontos – este último, no nível mais alto desde setembro do ano passado.

O papel da Meta avançou 23,28%. O movimento reflete as repercussões ao balanço da empresa, que informou ontem receita maior que a esperada no quarto trimestre e anunciou um programa de recompra de ações.

Para analistas, o mercado também considerou positivos os planos de cortes de custos.

“Esperamos que essa disciplina recém-descoberta impulsione uma organização mais forte e ágil no longo prazo, não apenas nos próximos 12 meses”, avaliaram Doug Anmuth e Katy Ansel, do JP Morgan, em nota.

Na direção oposta à da Meta, ConocoPhillips perdeu 5,44% na sessão de hoje, após balanço frustrar as expectativas.

Além dos resultados, investidores também monitoraram as decisões de políticas monetárias de três dos principais bancos centrais do mundo. Um dia após o Federal Reserve (Fed) subir juros em 25 pontos-base, Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE) optaram por elevações mais agressiva, de 50 pontos-base cada.

Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, há otimismo de que a inflação nos EUA cairá em ritmo rápido. “Também está claro que alguns traders acham que o apetite pelo risco pode permanecer se tivermos uma recessão curta e superficial”, destaca.