As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, digerindo o resultado mais forte que o esperado no relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, e as avaliações sobre o impacto no aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed). Em destaque, também esteve a Tesla, cujos papéis caíram 9% após reportagens informarem possível corte de funcionários na empresa.

No fechamento, o Doe Jones caiu 1,05%, a 32.899,70 pontos, o S&P 500 recuou 1,63%, a 4.108,54 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 2,47%, a 12.012,73 pontos.

Em maio, os EUA criaram 390 mil empregos, acima da expectativa de analistas. Analista da Oanda, Edward Moya afirma que as ações americanas operaram em um nível mais baixo nesta sexta à medida que o payroll mostrou uma criação de empregos mais lenta e potencial alívio da inflação, mas ainda mantem as portas abertas para que o Fed continue seu ciclo de altas de juros. Consultorias, como a Oxford Economics e Pantheon Macroeconomics, e bancos, como o ING e o Commerzbank, acreditam que o resultado reitera a visão de que o banco central americano deve elevar os juros básicos em 50 pontos-base nas reuniões de junho e julho.

Presidente do Federal Reserve (Fed) de Cleveland, Loretta Mester (vota) afirmou nesta sexta que poderá haver “facilmente” um aumento de 50 pontos-base também na reunião de setembro.

Ainda entre indicadores econômicos americanos, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços caiu mais que o previsto em maio, nas leituras do ISM Chicago e da S&P Global. As bolsas de Nova York chegaram a reduzir perdas, ainda que brevemente, na esteira dos resultados.

Quanto à Tesla (-9,22%), segundo reportagem Reuters, o CEO Elon Musk afirmou ter um “sentimento super ruim” sobre a economia e quer cortar cerca de 10% dos empregos na montadora de carros elétricos, disse ele em um e-mail para executivos. A Securities and Exchange Commission (SEC) ainda informou que a distribuição do Tesla Fair Fund, que será usado para indenizar investidores prejudicados por um tweet de Musk.