Após ter dito na quarta-feira que haveria uma “boa notícia” relacionada aos combustíveis até sexta-feira, 2, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), comemorou no Twitter nesta quinta-feira, 1º, o anúncio da Petrobras de nova redução no preço da gasolina a partir da sexta-feira. Durante comício em Curitiba (PR), o candidato à reeleição afirmou, em entrevista ao SBT, que essa é a prática do novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade.

“Nova redução de preços da gasolina! A partir de amanhã, 02/09, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, uma redução de mais R$ 0,25 por litro”, escreveu o chefe do Executivo, na rede social.

“Dos combustíveis, toda semana temos uma boa notícia. Hoje é quarta-feira. Eu acho que até sexta vai ter mais uma boa notícia, porque está sendo uma prática do novo presidente da Petrobras”, declarou Bolsonaro na quarta-feira.

Esta é a quarta vez desde julho que a Petrobras reduz o preço da gasolina nas refinarias, graças à queda no valor do barril de petróleo no mercado externo. A política de preços praticada pela estatal, de paridade internacional, leva em conta a variação do dólar e do barril de petróleo tipo Brent, negociado em Londres.

Além disso, os preços dos combustíveis estão mais baixos devido ao teto de 17% para o ICMS cobrado nos Estados sobre esses produtos. A medida, patrocinada pelo Palácio do Planalto, foi aprovada no Congresso às vésperas da eleição, assim como a emenda constitucional que decretou emergência no País para viabilizar a ampliação e a concessão de novos benefícios sociais.

Na terça-feira, 30, Bolsonaro disse em evento organizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) que nunca interferiu no preço dos combustíveis e nem na Petrobras. “A gente não quer violentar mercado, não quer interferir”, afirmou.

Caio Paes de Andrade assumiu a presidência da Petrobras em 28 de junho, no lugar de José Mauro Coelho, que havia sucedido o general Joaquim Silva e Luna. O militar passou a comandar a estatal depois da demissão de Roberto Castello Branco, o primeiro presidente da estatal no governo Bolsonaro.

Em dezembro do ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a abrir processo para investigar se a Petrobras, empresa listada em bolsa, havia divulgado informações sobre fato relevante, o que não é permitido. A medida foi tomada após declarações de Bolsonaro de que a estatal reduziria os preços dos combustíveis.