30/12/2021 - 11:44
O presidente Jair Bolsonaro confirmou, em suas redes sociais, que o governo brasileiro recusou a ajuda humanitária oferecida pela Argentina às vítimas das chuvas na Bahia. Segundo o presidente, a oferta de dez homens – os “capacetes brancos, que atuam em operações de socorro – foi feita ao Itamaraty pela Chancelaria Argentina. No entanto, segundo ele, o “fraterno oferecimento” era “muito caro para o Brasil” e aconteceu quando as Forças Armadas e a Defesa Civil já prestavam a assistência local. “A avaliação foi de que a ajuda argentina não seria necessária naquele momento”, escreveu o presidente em rede social.
Bolsonaro afirmou que o País está aberto a ajuda e doações internacionais na série de postagens publicada pela manhã. De acordo com o presidente, o trabalho de assistência à população já estava sendo realizado, “inclusive com o apoio de três helicópteros da Marinha”. Contudo, Bolsonaro não descartou a possibilidade de aceitar a ajuda no futuro, quando a Argentina “poderá ser acionada oportunamente, em caso de agravamento das condições”.
“Ontem, o Itamaraty aceitou doações da Agência de Cooperação do Japão (JICA): são barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água, que chegarão à Bahia por via aérea e/ou serão adquiridos no mercado brasileiro”, relatou.
A recusa da ajuda do governo argentino pegou de surpresa o governador do Estado, Rui Costa (PT), que já havia feito uma publicação no Twitter agradecendo pelo auxílio do país vizinho. “Agradeço aos argentinos e peço ao Governo Federal celeridade na autorização para a missão estrangeira”, publicou, ontem.
Crítico de como o governo vem conduzindo a tragédia, com recursos insuficientes e sem a presença do presidente, Costa disse nesta quinta que, mesmo que não venham recursos federais, “o Governo do Estado reconstruirá todas as casas e as cidades que foram destruídas com as chuvas na Bahia. Vamos estabelecendo prioridades e, ao longo de 2022, em parceria com os Municípios, nós vamos garantir uma moradia digna às pessoas”, relatou.