O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista comparar os atos pró-governo do 7 de Setembro a uma “reunião do Ku Klux Klan”, grupo norte-americano que prega a supremacia racial. O chefe do Executivo chamou o petista de “ex-presidiário” e disse que seu adversário nas urnas deve ter se sentido “excluído” da data cívica.

O argumento de Lula para comparar a manifestação ao Ku Klux Klan foi que não havia “negro, pardo, pobre e trabalhador” nos atos.

O manifestante que aparece no vídeo publicado por Bolsonaro para criticar o petista é negro, embora o presidente não tenha destacado isso.

“(Bolsonaro) roubou o direito do povo brasileiro de comemorar o dia da independência. Fez de uma festa do pais, uma festa pessoal. O ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, pardo, pobre, trabalhador…”, afirmou Lula na quinta-feira, 8, em comício em Nova Iguaçu.

O senador Flávio Bolsonaro (PL) chamou Lula de “pai da mentira” e o comparou ao diabo. “O ex-presidiário chamou de enforcador e assassino de negros quem foi às ruas no 7 de Setembro! É assim que ele enxerga quem é patriota, acredita em Deus, defende a família e a liberdade!”, publicou.

Nas eleições de 2018, o ex-líder do Ku Klux Klan nos Estados Unidos citou o então candidato Jair Bolsonaro em seu próprio programa de rádio. Ao falar do brasileiro, David Duke comemorou o fato de o candidato ser um nacionalista: “Ele soa como nós.”

Em resposta, naquela ocasião, o então candidato do PSL à Presidência disse recusar “qualquer tipo de apoio proveniente de grupos supremacistas”.