O presidente Jair Bolsonaro resolveu comparecer a um jantar do seu partido, o PL, que acontece neste momento em um restaurante em Brasília. O evento, convocado pelo dirigente da legenda, Valdemar Costa Neto, conta com a presença de deputados e senadores. Esta é uma das poucas vezes em que o chefe do Executivo deixa o Palácio da Alvorada após o resultado da eleição, há quase um mês.

Segundo parlamentares com quem o Broadcast Político conversou ao longo do dia, na reunião, deve-se falar sobre a intenção do partido de lançar uma candidatura à Presidência do Senado, invocando uma espécie de “acordo de cavalheiros” existente na Casa, segundo a qual a maior bancada tem direito ao comando. O nome mais cotado, inclusive defendido por Bolsonaro, é do ex-ministro Rogério Marinho, eleito em outubro.

Também se esperam discussões sobre como o partido irá se posicionar em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição, que vem sendo negociada pelo governo eleito numa tentativa de cumprir compromissos de campanha. Lideranças do PL já se manifestaram contrárias a pontos como a excepcionalização do teto de gastos do valor sugerido, de quase R$ 200 bilhões, além do tempo de quatro anos.

Mais um ponto que deve dominar as conversas será uma possível reação do partido à multa imposta semana passada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, após a ação em que o PL sugeriu anular o resultado de urnas no segundo turno no pleito. O ministro acusou o partido de litigância de má fé e impôs o pagamento de R$ 22,9 milhões. A legenda pretende recorrer.