O desempenho do Produto Interno Brasileiro (PIB) do Brasil descolou dos pares no período entre 2015 e 2020, mas voltou a se comportar em linha com as demais economias emergentes desde 2021. Essa é a conclusão de um estudo do Bradesco, assinado pelos economistas Felipe W. França e Myriã Bast.

No estudo, os economistas comparam o PIB brasileiro com um “grupo de controle sintético”, formado por sete economias emergentes. Compõem a cesta Tailândia (com peso de 36,8%), Indonésia (20,8%), África do Sul (17,6%), Hungria (11,2%), Turquia (9,5%), Filipinas (1,5%) e México (0,5%).

Durante a recessão de 2015-2016, o “PIB sintético” sugeriria crescimento em torno de 4% para o País, enquanto a economia brasileira chegou a retrair 6% no fim de 2015. Por outro lado, esse grupo teve crescimento de 8% da economia entre 2020 e 2022, acima dos 6% do Brasil, considerando as projeções do Bradesco para este ano.

“Notamos, assim, que de fato a economia brasileira descolou dos pares entre 2015 e 2020, mas voltou a se comportar bastante em linha com os demais emergentes a partir de então, especialmente se extrapolarmos os dados até o final deste ano”, escrevem os analistas. “Isso reforça a hipótese de que as projeções subestimaram o desempenho da economia mundial nos últimos dois anos, assim como seu efeito sobre o PIB brasileiro.”