04/03/2015 - 15:26
Após o clima irregular verificado em janeiro deste ano, que atingiu principalmente os estados produtores de soja de Goiás e Minas Gerais, os números de produtividade começam a se consolidar. Na revisão de março da estimativa da safra de soja no ciclo 2014/2015 a INTL FCStone fechou produção da oleaginosa em 93,1 milhões de toneladas, retornando ao projetado no início deste ano. Em fevereiro a consultoria estimou produção total brasileira em 92,8 milhões de toneladas, devido aos impactos climáticos.
Os cálculos deste mês tiveram como base o incremento verificado no rendimento do segundo e terceiro maiores estados produtores de soja, Paraná e Rio Grande do Sul, respectivamente, que contaram com condição favorável ao desenvolvimento das lavouras. ‘No Rio Grande do Sul, a colheita está apenas no início, mas a situação no campo é muito otimista. O clima contribuiu para o crescimento saudável das plantas em todas as fases de desenvolvimento e a produtividade média esperada é de 2,90 ton/ha, com produção recorde de quase 15 milhões de toneladas’, destacou a consultoria em relatório.
No Mato Grosso, maior estado produtor da oleaginosa, a produtividade se manteve inalterada em relação à estimativa anterior, o que resulta em pouco mais de 27 milhões de toneladas produzidas. Já em Goiás, estado prejudicado pelas altas temperaturas e pela redução no volume de chuvas, o potencial produtivo da lavoura foi agravado. A média de precipitação acumulada do mês de janeiro deste ano na localidade ficou muito abaixo do valor histórico para o período, de 189 mm. “Há casos de perda total da área plantada na maior região produtora, o sudoeste do estado. Com isso, a produtividade média esperada foi reduzida novamente, para 2,70 tonelada por hectare”, resumiu.
A falta de precipitações sinalizou estado de alerta na reta final da soja, especialmente durante o período de enchimento do grão. “No Mato Grosso do Sul o clima nesta temporada foi menos chuvoso, especialmente no mês de janeiro, época crucial para alcançar o pleno potencial de produtividade das plantas”, explica. O estado deve atingir 2,90 toneladas por hectare de oleaginosa, nível abaixo do verificado no ano passado. Fonte: Ascom
