26/10/2015 - 13:22
O Brasil é o mais novo membro da Five Nations Beef Alliance (FNBA), instituição que reúne cinco dos maiores produtores de carnes do mundo (Estados Unidos, Austrália, México, Canadá e Nova Zelândia). O anúncio foi feito durante a Conferência anual da FNBA, em Mazatlán, no México. O Paraguai também passa a fazer parte do grupo, que agora representa 50% da produção e 75% das exportações mundiais de carne bovina.
O Brasil tem rebanho de 209 milhões de cabeças de gado, produção de 9,9 milhões de toneladas de carne bovina e exportação de 1,9 milhão de toneladas.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) atua como membro observador desde 2014 e será representante do Brasil na FNBA. Além disso, convidou a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) para também reforçar a presença brasileira como representante. Para o diretor secretário da Acrimat, Francisco Manzi, a adesão é uma conquista. “Teremos uma posição mais forte perante o mercado internacional. Conquistamos parceiros, produtores que têm as mesmas dores, mesmas dificuldades, mesmos problemas e que agora podem se sentar juntos para encontrar soluções globais. Uma conquista para a pecuária nacional e em especial para a mato-grossense que tem a Acrimat participando efetivamente desse processo”, destacou Manzi.
Para o diretor institucional da Assocon, Márcio Caparroz, a oportunidade é estratégica. “O trabalho inicia agora. É extremamente valioso para nossas negociações internacionais ajudar no combate sobre as barreiras sanitárias. Também para aprender como as outras associações parceiras integram suas cadeias e geram negócios para os produtores”, avaliou Caparroz.
Para Scott Champion, CEO da Associação de Produtores de Bovinos e Cordeiros da Nova Zelândia (Beef and Lamb New Zeeland), anfitrião da próxima conferência, além de representar a América do Sul o Brasil está alinhado com as diretrizes da FNBA. “O Brasil realmente capturou a razão das ações da Aliança. As nações exportadoras compartilham ideias, problemas e soluções, tentando encontrar maneiras de abordar todos os aspectos globais do setor. Esse é o espírito da Aliança Mundial”, afirmou Scott. A FNBA atua estrategicamente nas negociações entre países e na eliminação de barreiras comerciais meramente políticas e que não tenham cunho científico. Fonte: Ascom.