15/05/2025 - 16:00
O Brasil é o líder mundial em uma série de cultivos, o que faz com que muita gente se refira ao país como o “celeiro do mundo”, uma vez que é responsável por produzir uma diversidade de alimentos.
Segundo levantamento do Insper Agro Global, divulgado em fevereiro deste ano, considerando apenas os produtos classificados como commodities agropecuárias e agroindustriais, as exportações brasileiras atingiram US$ 137,7 bilhões em 2024, o que posicionou o Brasil como o maior fornecedor mundial dessa classe de produtos.
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Se olharmos para as exportações de alimentos gerais, como frutas, vegetais, alimentos preparados, vinhos e cervejas, entre outros produtos, o Brasil ocupa a segunda colocação global, atrás dos EUA, que em 2024 exportaram US$ 75,5 bilhões desses produtos, enquanto o Brasil vendeu para o exterior US$ 10,7 bilhões.
Maiores produtores de alimentos do mundo
Quando o assunto é produção de alimentos, ela está concentrada sobretudo em países com extensão territorial, clima favorável, estrutura agrícola e investimentos em tecnologia.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), China, Índia, Estados Unidos e Brasil ocupam as primeiras posições no ranking global.
“A expectativa para os próximos anos é que esses países continuem a investir em tecnologia agrícola, sustentabilidade e expansão de áreas cultiváveis para atender à crescente demanda global por alimentos. Mudanças climáticas, políticas comerciais e inovações tecnológicas serão fatores determinantes nesse cenário”, explica Hélida Leão, coordenadora das Ciências Agrárias da Una Uberlândia.
Atualmente, a China é o maior produtor e importador agrícola do mundo. Em 2023, a produção agrícola anual da China foi avaliada em US$ 1,69 trilhão, sendo US$ 1,65 trilhão foi atribuído a alimentos, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Uma das iniciativas da China para aumentar essa produção é o incentivo a cooperativas agrícolas e cadeias produtivas, segundo a FAO, existem mais de um milhão de cooperativas na China, que envolvem cerca de 40% dos agricultores familiares.
Apesar da enorme produção, uma população de 1,4 bilhão de pessoas gera muita demanda, o que forçou os chineses a se tornarem os maiores importadores mundiais de produtos agrícolas, com importações avaliadas em US$ 140 bilhões.
A Índia tem uma situação semelhante a dos chineses. Por ser o país com a maior população do mundo, a Índia também necessita de uma forte produção de alimentos, o que justifica que eles tenham alcançado a segunda maior produção agrícola, do mundo em 2023, com US$ 553,69 bilhões.

Apesar de tais obstáculos, a Índia continua sendo o maior exportador mundial de açúcar refinado e arroz branqueado. As pesadas exportações de arroz, algodão, soja e carne fizeram com que a Índia ocupasse o nono lugar entre os exportadores agrícolas globais em 2022.
Veja onde o Brasil lidera
Soja: Com uma produção estimada de 167,4 milhões de toneladas na safra 2024/25, o país mantém sua posição de maior produtor e exportador global.
Milho: A produção prevista é de 122,8 milhões de toneladas, posicionando o Brasil entre os maiores produtores e exportadores mundiais.
Café: O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
Açúcar e suco de laranja: O país lidera a produção e exportação desses produtos.
Produção de alimentos por região no Brasil
- Centro-Oeste: soja, milho, carne (MT, GO, MS)
- Sul: milho, soja, trigo, frango e suínos (PR, SC, RS)
- Sudeste: café, cana-de-açúcar, leite e suco de laranja (MG, SP)
- Nordeste: frutas tropicais, algodão, cacau (BA, RN, PE)
- Norte: carne, cacau, açaí (PA, RO, TO)