São Paulo, 9 – O Brasil exportou 39,787 milhões de sacas de café de janeiro a novembro, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado (37,627 milhões de sacas). A receita cambial atingiu US$ 5,031 bilhões, alta de 6,7% no período (US$ 4,714 bilhões em 2019). Na conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 25,9 bilhões, registrando crescimento de 40% em relação aos 11 primeiros meses de 2019. Tanto o volume exportado quanto a receita cambial em dólares e em reais no ano civil foram os maiores dos últimos cinco anos para o período. Já o preço médio foi de US$ 126,45, aumento de 1% em relação ao ano passado (US$ 125,29).

Entre as variedades embarcadas no ano civil, o café robusta se destacou pelo aumento de 25,7% nas exportações, se comparado ao volume da variedade exportado de janeiro a novembro de 2019. Essa variedade de café correspondeu a 11,4% do volume total embarcado no período, equivalente a 4,5 milhões de sacas. Já o café arábica teve participação de 79,3% nas exportações, com 31,5 milhões de sacas, enquanto o café solúvel correspondeu a 9,3% dos embarques de janeiro a novembro, com 3,7 milhões de sacas.

No ano civil, os dez principais países consumidores de café brasileiro foram, respectivamente: Estados Unidos, que importaram 7,2 milhões de sacas (18,2% do total embarcado no período); Alemanha, com 6,7 milhões de sacas (16,9%); Bélgica, com 3,3 milhões de sacas (8,4%); Itália, com 2,8 milhões de sacas (7,2%); Japão, com 2,1 milhões de sacas (5,2%); Turquia, com 1,3 milhão de sacas (3,3%); Federação Russa, com 1,1 milhão de sacas (2,9%); México, com 971,9 mil sacas (2,4%); Espanha, com 856,5 mil sacas (2,2%); e Canadá, com 809,2 mil sacas (2%).

Destinos

Entres os destinos, a Bélgica se destacou pelo crescimento de 42,6% na importação do produto brasileiro na comparação com o ano passado. A Turquia, a Federação Russa e o México também registraram aumento significativo no consumo do café brasileiro, de 16,8%, 17,2% e 13,3%, respectivamente, enquanto que a Alemanha e a Espanha apresentaram crescimento de 7,9% e 6,5%, nesta ordem. O Cecafé destaca, ainda, o aumento de 60,3% nas exportações brasileiras de café verde para países produtores no período, equivalente a 2,1 milhões de sacas.

O Brasil exportou 7 milhões de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) de janeiro a novembro. O dado representa 17,7% da quantidade total de café brasileiro exportado no período e também um aumento de 1,4% em relação ao volume de cafés diferenciados exportado de janeiro a novembro de 2019. O dado também confere o maior volume desse tipo de café embarcado para o período nos últimos cinco anos. Já a receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados foi de US$ 1,1 bilhão, representando 22,8% do valor total gerado com as exportações neste ano até agora.

Ano-safra 2020/21

Nos cinco primeiros meses do ano-Safra 2020/21 (julho a novembro), o Brasil registrou também o melhor desempenho dos últimos cinco anos em termos de volume de café exportado. No período, foram embarcados 19,8 milhões de sacas de café, crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. As exportações de café arábica de julho a novembro foram de 15,8 milhões de sacas (crescimento de 16,5% em relação a mesma base comparativo de 2019). Já os embarques de café conilon foram de 2,4 milhões de sacas (aumento de 21,8%) e os de solúvel foram de 1,6 milhão.

A receita cambial no ano-Safra até agora chegou a US$ 2,4 bilhões, alta de 12,8% no período. Na conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 13,2 bilhões, aumento de 52,1% em relação aos cinco primeiros meses do ano-Safra 2019/20.

O Porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações no ano civil de 2020, com 77,6% do volume total exportado a partir dele (equivalente a 30,9 milhões de sacas). Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 15,2% dos embarques (6 milhões de sacas).