O relatório de Competitividade Global 2012 do Fórum Econômico Mundial divulgado hoje, 5 de setembro, aponta a evolução do Brasil em cinco posições, em relação ao último ano, atingindo a 48ª posição do ranking. Mas, para o diretor presidente da Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN), Paulo Oliveira, o Brasil ainda tem muito a progredir. “O País não pode se contentar com uma evolução tão pequena”, diz Oliveira. “Possuímos uma comunidade empresarial sofisticada, mas que encontra dificuldades no
ambiente de negócios. Por isso, não é momento de comemoração, apesar da melhora.” O resultado do indicador aponta melhorias em determinadas áreas, reflexo do melhor aproveitamento do mercado interno brasileiro e das condições macroeconômicas, a despeito de ainda deter uma “elevada taxa de inflação de quase 7%”. Dentre as 144 economias analisadas, o Brasil está em terceiro lugar em competitividade na América Latina, atrás de Chile (33°) e Panamá (40°). Em um quadro das economias mais pujantes, o País encontra-se atrás de Alemanha (6°), Estados Unidos (7°), Reino Unido (8°), Japão (10º) e China (29°), entre outros.

 

Os procedimentos e tempo para começar um negócio permanecem entre os mais altos da amostra, 130° e 139°, respectivamente. “Levando em conta os critérios de abertura e fechamento de empresas, nosso País está aquém de grandes economias e até mesmo de algumas com menos expressão, cujos esforços de melhoria de tais critérios trouxeram resultados positivos junto ao ranking Doing Business”, diz Oliveira, referindo-se a outro levantamento, este realizado pelo Banco Mundial para analisar a facilidade de realização de negócios em uma nação.

No ranking Doing Business, o Brasil está apenas na 126ª posição entre 183 economias analisadas. A BRAiN possui um grupo de trabalho, multissetorial e dedicado exclusivamente em apresentar proposições para que o Brasil evolua no ranking Doing Business, fator essencial para a materialização do objetivo da BRAiN em criar e desenvolver um ambiente favorável e sustentável para transformar o Brasil em um polo internacional de investimentos e negócios.

A BRAIN é uma associação multissetorial que tem como associados organizações de grande porte das áreas financeira e de serviços, entre as quais Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), BM&FBovespa, Federação Brasileira de Bancoa (Febraban), FecomercioSP, Cetip, e os bancos Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Votorantim, Citibank, HSBC, Itaú-Unibanco e BTG Pactual. O objetivo da entidade é desenvolver um ambiente favorável e sustentável de negócios no Brasil, para transformar o País em polo internacional de atração de investimentos, expandindo as operações financeiras e comerciais. O relatório de Competitividade Global 2012 do Fórum Econômico Mundial serve de base para um dos principais estudos da BRAiN, o relatório Atratividade do Brasil como polo internacional de investimentos e negócios, cuja segunda edição deverá ser lançada no próximo mês de outubro.