São Paulo, 19 – O presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, disse que, possivelmente, o Brasil deve bater recorde histórico de exportação de café em 2020. “Se nós continuarmos na mesma batida, vamos atingir ao redor de 43 milhões de sacas de café, entre cafés verdes, solúveis e industrializados, na exportação”, disse Carvalhaes, na Semana Internacional do Café, realizada na noite de quarta-feira (18) e promovida de forma online. “O que ajudou muito é essa desvalorização do real ante o dólar. Nós vemos que isso favoreceu a exportação brasileira, e o café não ficou por menos.”

Carvalhaes apontou a recuperação de preços a partir de setembro e outubro de 2019, “causada pelos baixos preços anteriores”. “Essas cotações foram mantidas e agregou-se ainda a desvalorização do real ante o dólar”, disse. Conforme o representante, o setor de café recebeu “uma grande injeção de receita”. “Toda a cadeia, principalmente a produção, vive um novo momento, com possibilidade de incremento e investimento que é necessário para os próximos anos.”

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O presidente do Cecafé destacou, ainda, a perspectiva de ampliação de mercados. “A China é um consumidor de 4,5 milhões de sacas de café. O Brasil pode ser um grande parceiro nesse mercado também”, afirmou. Segundo ele, o Brasil representa 38% do mercado global e caminha para representar 40%. “O cenário é muito otimista, mas temos que ultrapassar esse grande desafio que estamos vivendo e nós iremos ultrapassá-lo”, disse, se referindo à pandemia do novo coronavírus.

O representante defendeu ainda o potencial de reconhecimento da sustentabilidade do café brasileiro. “O café brasileiro é sustentável, tem rastreabilidade. Temos leis sociais e ambientais seriíssimas que o café respeita”, afirmou.