27/05/2025 - 15:38
O Brasil registrou um caso de gripe aviária altamente patogênica em ave silvestre, o que não deverá ter impactos comerciais, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante uma audiência no Senado, nesta terça-feira, 27.
Conforme o sistema do ministério, o caso foi registrado em cisne negro cativo em Mateus Leme (MG).
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Para o ministro, o caso deve ser tratado como algo “natural”, já que o Brasil está na rota das aves migratórias, que geralmente transmitem o vírus.
Embargos de importadores à carne de frango geralmente são anunciados quando o problema é visto em aves de granjas comerciais, e não em silvestres ou de subsistência.
Conforme os registros do ministério, 165 ocorrências de gripe aviária em aves silvestres foram identificadas desde maio de 2023, data da primeira confirmação.
Fávaro também destacou que o registro de gripe aviária em granja comercial em Montenegro (RS) está “contido”.
Ele considera que, se não fosse assim, outros casos teriam sido registrados “pela rapidez na propagação e pela letalidade do vírus”.
“Se tivesse escapado deste foco, com quatro ou cinco dias teríamos outros casos”, afirmou Fávaro, citando que as barreiras sanitárias funcionaram em Montenegro, onde o país viu surgir o primeiro caso de gripe aviária em granjas comerciais, em meados deste mês.
Dessa forma, o ministro considera que o Brasil está na contagem regressiva para se autodeclarar livre da doença.
Isso pode ser feito em 28 dias, contados a partir da última quinta-feira, após a desinfecção completa da granja infectada em Montenegro.
Mais de 40 destinos comerciais já impuseram algum tipo de suspensão temporária, nacional ou regional, a importações de carne de frango brasileira, após a confirmação de um foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul.
O Brasil investiga outras 11 suspeitas de gripe aviária, sendo dez em aves silvestres ou galinhas de subsistência.
Uma investigação em granja comercial ainda acontece em Tocantins, onde resultados preliminares descartaram a doença altamente patogênica.