29/10/2022 - 22:02
A brasileira Rebecca Câmara, de 25 anos, relatou ter escapado por 20 minutos da tragédia no Bairro de Itaewon, em Seul. Ela relatou ao Estadão que aguardava com as amigas na calçada oposta ao Hamilton Hotel, onde o episódio teve início.
Rebecca, que trabalha em Seul como modelo, optou por ficar do lado oposto por achar que o lugar da festa estava muito lotado. “Eu pedi para ficarmos na calçada oposta porque estava muito lotado e a gente não ia conseguir sair, nem andar direito”, disse.
“Se a gente tivesse atravessado 20 minutos antes como as meninas (amigas) queriam, estaríamos no meio da multidão e sabe Deus o que poderia ter acontecido”, conta, explicando que o grupo decidiu então caminhar pelo sentido contrário ao local da tragédia. Um pouco mais tarde, relatou, começou a observar o grande número de ambulâncias, carros de polícia e de bombeiros.
Segundo a brasileira, a festa de Halloween é muito popular e costuma atrair multidões andando na mesma direção. “As pessoas vão sendo empurradas. Fica tipo um bloco de carnaval”, relata a modelo, acrescentando que os participantes costumam se aglomerar nas ruas estreitas do bairro.
Ao menos 149 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas neste sábado, 29, na Coreia do Sul ao serem esmagadas por uma multidão que avançava em uma rua estreita durante as festividades de Halloween. Essa já é a maior tragédia em tempos de paz na Coreia do Sul desde que a balsa Sewol afundou em 2014, matando mais de 300 pessoas.