17/12/2020 - 9:30
São Paulo, 17 – A safra brasileira de café em 2020, cuja colheita já foi encerrada, deve atingir 63,08 milhões de sacas de 60 kg (arábica e conilon), representando recorde histórico. O aumento é de 27,9% sobre a colheita de 2019 (49,31 milhões de sacas) e de 2,3% sobre o recorde anterior, de 2018 (61,7 milhões de sacas). A área colhida aumentou 3,9%, atingindo 1,88 milhão de hectares. Os números fazem parte do 4º e último levantamento da safra de café 2020, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.
Conforme a Conab, além da bienalidade positiva do arábica, o clima também contribuiu para o desenvolvimento das lavouras, sobretudo do arábica. A produção deste tipo de grão superou a de 2018, alcançando 48,77 milhões de sacas. Em relação ao ano passado (48,77 milhões de sacas), o aumento é de 42,2%.
Já o conilon, com produção estimada em 14,31 milhões de sacas, não teve o mesmo desempenho. Esse volume é 4,7% menor que o obtido na safra anterior (15,01 milhões de sacas), o que pode ser atribuído às poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, principal Estado produtor da variedade.
O maior produtor de café é Minas Gerais, com 34,65 milhões de sacas e crescimento de 41,1% no comparativo com 2019, graças principalmente ao arábica que responde por mais de 90% do café do Estado. O Espírito Santo, em segundo lugar, produziu neste ano 13,96 milhões de sacas, com redução de 12,41%. Das lavouras capixabas, saíram 9,19 milhões de sacas de conilon e 4,77 milhões de sacas de arábica.
São Paulo vem em seguida, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. A Bahia também obteve aumento expressivo, de 32,9%, alcançando 3,99 milhões de sacas. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas, crescimento de 11,2%. No Paraná, com redução de 3,3% na área, a produção somou 941,9 mil sacas, 1,2% inferior ao produzido em 2019.
Levantamentos da Conab indicam que, em novembro, cerca de 74% da produção da safra 2020/21 já se encontrava comercializada, enquanto em igual período de 2019 e na média dos últimos cinco anos, essas porcentagens eram de, respectivamente, 71% e 69%.