05/10/2020 - 15:21
Um dos articuladores do movimento para manter o teto de gastos como medida de ajuste fiscal, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu o corte de subsídios ineficientes, a eliminação salários acima do teto remuneratório no serviço público e alíquotas de Imposto de Renda maiores para quem ganha salários de R$ 50 mil, R$ 70 mil, R$ 100 mil.
Em postagem no Twitter, Calheiros disse que a ampliação do Bolsa Família passa por essas medidas. “É minha visão, que depende da aceitação da maioria da política”, escreveu. Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o senador medebista integra o grupo de políticos e autoridades que articula uma aproximação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para buscar uma saída para o financiamento do novo programa social, o Renda Cidadã, sem comprometer o teto de gastos.
Para ele, é injusto que salários menores paguem a mesma alíquota dos “magnatas”. “Só a política é capaz de fazer essa mediação com equilíbrio. O encontro de hoje à noite será uma oportunidade única para esse debate”, adiantou.
Ele defendeu como necessária uma reforma tributária que amplie a base contributiva, que seja justa e progressiva e diminua o centralismo fiscal. “Não há como fechar os olhos à isenção de iates, helicópteros e dividendos. Só o Brasil e Estônia não tributam dividendos”, afirmou.
Segundo Calheiros, a política é insubstituível na calibragem das medidas anti crise. “Fui relator do Bolsa Família, autor da lei dos precatórios e promulguei a Emenda do teto, que excluiu FUNDEB, saúde e transferências a Estados e municípios”, escreveu.