A Cargill planeja demitir permanentemente cerca de 475 funcionários em Minnesota, onde fica sua sede corporativa, a partir de 5 de fevereiro, de acordo com uma carta da empresa divulgada pelo Estado na terça-feira.

A gigante global do agronegócio informou que planeja cortar cerca de 5% de sua força de trabalho depois que a receita caiu em seu ano fiscal mais recente, quando os preços das commodities agrícolas como soja e milho atingiram mínimas de vários anos.

+Cargill vê plantio de soja mais tardio com seca no Brasil, como foi em 2023

A empresa está informando os funcionários de Minnesota sobre as demissões nesta semana, e eles têm direito a indenização e serviços de recolocação, disse a Cargill em uma carta ao Departamento de Emprego e Desenvolvimento Econômico de Minnesota.

Os funcionários trabalham em um centro de escritórios em Wayzata ou são “marcados” para a unidade, mas moram em outro lugar, de acordo com a carta, que acrescentou que eles não são representados por um sindicato.

“A Cargill está passando por uma reestruturação de negócios que está resultando em uma redução na força de trabalho de certas funções no Wayzata Office Center”, diz a carta.

Os comerciantes agrícolas, incluindo a Cargill, de capital fechado, estão sob pressão, já que os preços das commodities que comercializam, como trigo, milho e soja, caíram para níveis próximos de mínimas de quatro anos e as margens de processamento diminuíram.

A Cargill tem mais de 160.000 funcionários, o que implica que um corte de 5% na equipe atingiria cerca de 8.000 empregos.

A empresa informou uma receita de 160 bilhões de dólares para seu ano fiscal de 2024, que terminou em maio, abaixo do recorde de 177 bilhões de dólares do ano anterior.

A Cargill não divulga declarações de lucros trimestrais, mas em um memorando visto pela Reuters em agosto, ela disse que menos de um terço de seus negócios atingiram suas metas de lucros no último ano fiscal.