Uma forma de celebrar a vida com leveza e lembrar que ela é bonita, ainda que não pareça. A mensagem da marchinha de carnaval do bloco “Filhas da Mãe” embala a força de um grupo que se dedica a cuidar de pessoas com Alzheimer e outras demências neste sábado, 11, em Brasília.

É uma maneira lúdica de unir as famílias que enfrentam a doença e lidam diariamente com a dor de serem esquecidas por pessoas queridas, em razão do avanço da doença. Por outro lado, de chamar a atenção da sociedade para as doenças neurodegenerativas.

O bloco sai antes e depois do Carnaval oficial para permitir que as famílias brinquem sem percalços com a agitação dos grandes blocos. Eles têm adereços, estandarte e música própria.

“Filhas da Mãe estão na fita / Pra fazer você saber / Que a vida é bonita / Mesmo que não pareça ser / No Alzheimer e na demência / Já não há mais a razão / E pra tudo, paciência / O remédio é o coração”, diz a letra da marchinha composta por André Barbosa Filho, ligado à rede de cuidadores que fazem o projeto.

O bloco nasceu do Coletivo Filhas da Mãe. As atividades carnavalescas entram na programação do grupo meses antes do Carnaval. O objetivo é estimular contato entre diferentes gerações, trocar afetos e tornar mais leve a vida de quem lida com a doença de alguma forma. Os encontros tiveram lanches comunitários, oficinas de samba e de confecção de adereços.

O grupo oferece informações sobre a agenda e sobre cuidados com pessoas com Alzheimer em suas páginas oficiais nas redes sociais. No calendário das campanhas de conscientização, este é o Fevereiro Roxo, que busca informar e esclarecer sobre algumas doenças. Entre elas, o Alzheimer.