“Enquanto me deixarem cantar hoje, eu vou cantar”. Foi nesse clima que a cantora Daniela Mercury chegou por volta das 13 horas deste domingo, 26, a um trio elétrico preparado para descer a Rua da Consolação, na região central de São Paulo. A concentração do bloco Pipoca da Daniela foi marcada para o início da tarde, perto do encontro da via com a Avenida Paulista. O cortejo começou às 14 horas, com previsão de dispersão às 19 horas, nos arredores do Praça Roosevelt, também no centro.

Figura tradicional do encerramento da folia de rua paulistana, a artista da Bahia volta mais uma vez para um dos últimos blocos deste ano.

Em cima do trio, ela aproveitou para relembrar um show marcante na cidade, há mais de três décadas. “Aquele foi um momento de florescimento, de renascimento”, disse ela, sobre a apresentação que levou uma multidão ao vão do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) em 1992. “Hoje é um momento de celebração ao carnaval, a tudo isso.”

Enquanto a cantora atendia a imprensa em cima do trio, o público, bastante animado, não parava de destinar palavras de afeto à artista.

Em dado momento, a multidão gritou em coro: “Libera a Daniela.” Ela, vestida toda de vermelho, acenou de volta com empolgação.

Sob sol forte, a musa do carnaval neste domingo começou o cortejo mandando um abraço para a roqueira Rita Lee, de 75 anos, internada em um hospital de São Paulo desde a sexta-feira, 24.

“Que ela continue a produzir sua arte. Ela é essencial para nós todos”, disse Daniela Mercury.