A Case IH anunciou nesta segunda-feira, 14, os novos modelos de máquinas agrícolas da marca que estarão à venda no Brasil. A principal novidade da companhia norte-americana é o lançamento dos dois primeiros drones pulverizadores da empresa, feitos na China.

Serão dois modelos com capacidades de 30 e 70 litros no reservatório. Os preços vão de R$ 160 mil até R$ 300 mil. 

Para Gregory Riordan, diretor de Tecnologias Digitais e Inovação da CNH para América Latina, a empresa busca diversos perfis de novos consumidores para os drones.

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“Visamos desde o produtor que já possui um pulverizador maior, mas que pode usar o drone para chegar em terrenos mais difíceis, até produtores com áreas entre 200 e 400 hectares que querem otimizar esse processo”, acredita. 

O evento, que aconteceu na fábrica da Case IH na cidade de Sorocaba (SP), anunciou a chegada de 16 novidades entre equipamentos e solução de conectividade e tecnologia para o produtor, que estarão disponíveis na Agrishow, que acontece entre os dias 28 de abril e 2 de maio.

Colheitadeira a etanol

A companhia também anunciou uma colheitadeira movida a etanol. Ainda em processo de testes, a máquina foi utilizada na última safra de cana de açúcar em parceria com a usina de etanol São Martinho. 

O motor a etanol foi introduzido em uma colhedora de duas linhas da série Austoft 9000 para ser levado para o campo. Os primeiros testes foram realizados, no final de 2024, em uma das unidades da São Martinho, localizada em Pradópolis (SP). Foram 5 mil toneladas de cana colhidas com a máquina. 

Mesmo com um desempenho satisfatório na comparação com o motor a diesel, a companhia ainda não tem previsão de quando a máquina será vendida para o consumidor final. 

“Por mim estaria no mercado depois de amanhã, mas a gente ainda precisa analisar uma safra inteira para analisar todo o desempenho que ela vai ter em um período mais longo de tempo para depois oferecer para o mercado”, disse o Vice-presidente da Case IH para América Latina, Christian González.

Na Agrishow deste ano, a companhia também apresentará um trator de média potência movido a etanol. 

Mercado anda de lado

Depois de um 2024 de queda nas vendas de máquinas agrícolas no Brasil, os executivos da companhia veem o mercado “andando de lado” em 2025.

O principal ponto é a alta taxa de juros, que vem afastando os produtores de fazer investimentos na produção. 

“Vemos o mercado andando de lado, talvez só a venda de tratores pequenos avance. O produtor quando vê as taxas de juros hoje ele pensa duas vezes antes de realizar um investimento em máquinas”, afirmou González. 

O executivo afirma que muitos produtores que exportam estão buscando alternativas de crédito em dólar, em parceria com o BNDES.