Em mais uma reunião entre a Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos aliados sobre o crescimento de casos de covid-19 nas unidades da empresa, a estatal informou que este ano mais 2.191 casos de contaminação foram confirmados, como consequência da expansão da variante Ômicron, informou a FUP.

Desse total, 707 diagnósticos positivos foram registrados nos últimos 14 dias, entre 27 de janeiro a 10 de fevereiro, sendo a maior incidência sobre no estado do Rio de Janeiro, com 452 casos confirmados. Somente no Norte Fluminense -, onde se concentra a grande parte das plataformas offshore da Petrobras – foram 249 trabalhadores contaminados no período.

O “Balanço covid-9” foi apresentado à FUP pela equipe de Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) da Petrobras. A pedido da FUP, os encontros têm ocorrido quinzenalmente, para o monitoramento da doença na empresa.

Desde o início da pandemia, são 6.595 os diagnósticos positivos de covid-19 na Petrobras, com o registro de 59 óbitos. Se adicionados os casos da Transpetro, o total de mortes pelo vírus chega a 80, segundo a FUP, A subsidiária da Petrobras contabilizou, somente neste ano, 428 casos confirmados de covid-19. O total atinge 3.939 contaminados desde 2020.

“O número acumulado de infectados é muito elevado. Na Transpetro, equivale a 40% da mão de obra da empresa, que conta com cerca de 6 mil empregados próprios e 4 mil terceirizados em todo o país”, destacou o diretor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da FUP, Antonio Raimundo Teles.

Os petroleiros reivindicam da Transpetro a obrigatoriedade de realização de exame médico de retorno ao trabalho, a fim de maior controle da doença. Defendem também a necessidade de testagem em massa em todas as unidades da Petrobras.

Na última reunião com a empresa, em 27 de janeiro, o responsável de Logística Offshore da Petrobras, Alex Murteira Celem, disse que a empresa está ampliando a frota de helicópteros para agilização dos desembarques nas unidades marítimas. Estariam sendo contratadas quatro aeronaves, duas delas para serem utilizadas imediatamente e as demais entrando em operação em 5 de fevereiro.

“A logística é complexa, tendo que casar também com o total de vagas sanitárias em hotéis”, afirmou o representante da Petrobras, informando na época haver 22 pilotos e copilotos afastados do trabalho por contaminação por covid .