A castanha de caju produzida no o município Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, recebeu o primeiro registro de Indicação Geográfica (IG) na modalidade Indicação de Procedência (IP), informou o Sebrae. Implantada nos anos 1970, a cajucultura se consolidou em Serra do Mel graças às condições favoráveis de solo e clima e à organização da agricultura familiar integrada à agroindústria de pequeno porte.

Hoje, o município é o maior produtor do estado, com cerca de 13 mil hectares cultivados, e mais de 80% da produção beneficiada é exportada. O Rio Grande do Norte foi o estado brasileiro onde a cajucultura mais cresceu entre 2020 e 2024. Só em 2024, o estado registrou aumento de 4,5% na produção de castanha, superando Ceará e Piauí.

+Ministério dos Transportes projeta arrecadar R$ 288 bi com 21 leilões em 2026
+Conheça Donna, a vaca Nelore que se tornou o bovino mais caro do mundo, avaliada em R$ 54 milhões

“A Aprocastanha congrega 23 produtores associados em Serra do Mel, referência na produção de caju e castanha. A IG que solicitamos é uma Indicação de Procedência, baseada na fama e na reputação que o local já possui. Serra do Mel é conhecida pela qualidade da castanha, pelo beneficiamento e por todo o entorno produtivo que movimenta a economia, gera renda e até atrai turistas — muitos vêm à região e fazem questão de levar o produto como lembrança”, afirma Michelli Trindade, gestora do Sebrae.

A conquista da IG para a castanha de Serra do Mel representa o fortalecimento de uma identidade produtiva, econômica e cultural que impulsiona o Rio Grande do Norte e dá visibilidade a um produto que já era sinônimo de qualidade.

Os registros de IG têm elevado o valor de mercado dos produtos, com casos de valorização que chegam a até 300%, segundo o Sebrae. Atualmente, o Brasil possui 157 IGs, sendo 117 IPs (116 nacionais e 1 estrangeira) e 41 Denominações de Origem – DOs (31 nacionais e 10 estrangeiras).