A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou um lucro líquido de R$ 89 milhões no primeiro trimestre de 2023. O resultado é 79% inferior ante o mesmo período do ano passado, quando a cifra alcançou R$ 426 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 84 milhões entre janeiro e março deste ano, queda de 84,8% em relação ao mesmo período de 2022 e 18% a menos ante o quarto trimestre do ano passado. A companhia diz em seu relatório que o recuo refere-se principalmente à reversão da provisão de redução ao valor recuperável de bens ativos (impairment) da unidade de Niquelândia, devido à venda subsequente da mesma.

“Neste trimestre o cenário do mercado global de alumínio ainda foi marcado pela volatilidade devido às incertezas no cenário macroeconômico”, diz a companhia em nota.

Quanto à receita líquida, o resultado foi de R$ 1,9 bilhão, o que representa queda de 16% ante o primeiro trimestre de 2022 e recuo de 2% em relação ao quarto trimestre. No documento, a CBA afirma que a diminuição na receita foi provocada principalmente pela redução no preço do alumínio.

“Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o efeito é principalmente pela redução de 73%, entre os períodos comparados, no preço médio do alumínio na London Metal Exchange (LME), efeito que foi parcialmente compensado pelo fim da operação de hedge estratégico”, afirmou a companhia.

A alavancagem da empresa, medida pela relação entre dívida líquida sobre Ebitda, ficou em 1,91 vez no primeiro trimestre deste ano, o que representa alta ante o quarto trimestre de 2022, que havia registrado 1,05 vez. Segundo a CBA, o movimento é reflexo do aumento do saldo da dívida e redução de R$468 milhões no Ebitda acumulado dos últimos doze meses.

A dívida líquida da CBA é de R$ 2,2 bilhões, sendo 86% da dívida contratada em

dólar e 14% em moeda nacional. O valor é maior que o registrado em dezembro de 2022, em R$ 1.7 bilhão e o mesmo mês do ano anterior, em R$ 1,1 bilhão.