Em meio aos protestos de bolsonaristas radicais que estão bloqueando rodovias devido a sua insatisfação com o resultado da disputa pela presidência que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Centrais Sindicais divulgaram nota nesta terça-feira, 1º de novembro, criticando o que chamaram de 3º turno das eleições. Reafirmando a confiança no sistema eleitoral brasileiro e na democracia, as centrais classificaram como inaceitável a posição adotada “por setores partidarizados dos órgãos de segurança”, citando a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Não podemos aceitar uma espécie de 3º turno que setores políticos isolados do bolsonarismo tentam, numa estratégia golpista e antidemocrática, submeter a sociedade brasileira através de tumultos, bloqueios de rodovias e outras manifestações sem respaldo político e popular”, dizem em nota.

Desde o resultado das urnas, no domingo, 30, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado, permanece em silêncio, sem reconhecer o resultado das urnas, e sem sinalizar nada a seus apoiadores.

Em meio a esse silêncio, caminhoneiros começaram a se reunir para fechar vias importantes do País, e neste movimento, a PRF ganhou os holofotes. Vídeos que circulam nas redes e em grupos bolsonaristas mostram policiais rodoviários se solidarizando com os caminhoneiros que bloquearam estradas. “Estamos juntos com vocês”, diz um agente aos caminhoneiros em um dos vídeos.

Centrais acusam a PRF de prevaricar “no cumprimento de suas funções e obrigações legais e constitucionais”.

Devido a essa postura, as centrais cobram que os governos federal e estaduais atuem “urgentemente” é que as “instituições democráticas, em todas as formas da Lei, adotem todas as providências, e o retorno da normalidade e garantir o respeito à democracia e ao resultado das eleições”.

O documento é assinado pelo pelos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre; da ; da Força Sindical, Miguel Torres; da (União Geral dos Trabalhadores) (UGT), Ricardo Patah; da (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo; da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch; e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto.