São Paulo, 27 – A moagem de cana-de-açúcar pelas usinas do Centro-Sul do Brasil atingiu 34,77 milhões de toneladas na primeira quinzena de novembro da safra 2023/24, aumento de 32,09% em comparação com igual período do ano passado (26,32 milhões de toneladas), informa a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), em levantamento quinzenal, divulgado nesta segunda-feira, 27.

Na quinzena, estavam em operação 238 unidades produtoras na região Centro-Sul. Do total, 222 processavam cana, oito empresas fabricam etanol a partir do milho e nove eram usinas flex. No mesmo período da safra 2022/23, 208 unidades produtoras estavam em atividade. Na quinzena, 25 unidades encerraram a moagem, enquanto no acumulado já se contabilizam 50 unidades. No ciclo anterior, até 15 de novembro, 121 usinas haviam terminado com seu período de processamento.

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A produção de açúcar na primeira quinzena de novembro totalizou 2,19 milhões de toneladas. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/23, de 1,67 milhões de toneladas, representa um aumento de 32,09%.

Na primeira metade de novembro, 1,64 bilhão de litros (+28,92%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 989,05 milhões de litros (+65,18%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 648,76 milhões de litros (-3,41%).

Do total de etanol obtido na primeira quinzena de novembro, 279,80 (17%) milhões de litros foram fabricados a partir do milho, em comparação com 188,79 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2022/2023, aumento de 48,21%.

“Finalmente o atual ciclo agrícola superou, em termos de quantidade de matéria-prima processada, a safra 2020/2021. Ao término da primeira metade de novembro, a moagem excedeu a do mesmo período de 2020 em 9,24 milhões de toneladas.

No ritmo atual, parece certo que, ao término do mês de novembro, a cana-de-açúcar processada na região Centro-Sul terá ultrapassado a marca de 605 milhões de toneladas e, portanto, o processamento das unidades nos meses que procedem, até o término da safra, servirá de incremento a essa marca. Permanece, contudo, a dúvida de quanto será possível as unidades produtoras alongarem seu período de operação, sem que o aumento das chuvas prejudique a colheita e, não menos importante, sem exaurir o tempo necessário para uma adequada manutenção de entressafra – o que traria possíveis quebras no ano seguinte”, destacou a Unica, em nota.

Quanto à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de novembro foi de 132,69 kg por tonelada de cana-de-açúcar, em comparação com 137,18 kg por tonelada na safra 22/23 – variação negativa de 3,28%.