São Paulo, 27 – As usinas do Centro-Sul do Brasil processaram 42,933 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de setembro da safra 2024/25, iniciada em abril, alta de 2,46% em comparação com os 41,903 milhões de toneladas em igual período da temporada anterior 2023/2024. Os dados fazem parte do boletim quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), divulgado nesta sexta-feira.

Ao término da primeira metade de setembro, 259 unidades estavam em operação no Centro-Sul, das quais 40 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex. Na quinzena, uma unidade encerrou a moagem. No ciclo anterior em mesma data, nenhuma usina havia terminado seu período de processamento.

A produção de açúcar na primeira quinzena de setembro totalizou 3,124 milhões de toneladas, semelhante ao igual período da safra 2023/2024 (-0,08%), quando foram produzidas 3,126 milhões de toneladas. Na última quinzena, 47,86% da matéria-prima disponível foi direcionada para a produção de açúcar, ante 51,04% observados no igual período da safra 2023/2024. “A proporção de cana-de-açúcar direcionada para a fabricação do adoçante continua sendo prejudicada pela qualidade da matéria-prima”, explicou, no relatório, a Unica.

Na primeira metade de setembro, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,435 bilhões de litros (alta anual de 14,22%), dos quais 1,60 bilhão de litros de hidratado (+26,66%) e 833,77 milhões de litros de anidro (-3,90%).

Do total de etanol obtido na primeira quinzena de setembro, 14% foram fabricados a partir do milho, com produção de 336,06 milhões de litros, contra 285,33 milhões de litros no igual período do ciclo 2023/2024, aumento de 17,78%.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de setembro atingiu 159,52 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, ante 153,41 kg por tonelada na safra 2023/2024, variação positiva de 3,98%.

“Apesar de ter sido registrado 6 kg a mais de ATR por tonelada de cana processada na primeira quinzena de setembro, o teor de sacarose por tonelada é praticamente o mesmo observado em mesmo período do ciclo anterior, visto que a pureza do caldo caiu em mais de 2,0 pontos porcentuais na comparação com o mesmo período de 2023”, explicou, no relatório, o diretor de inteligência setorial da Unica, Luciano Rodrigues.