Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, autor da chacina no Bruno Snooker Bar no dia 21 de fevereiro, em Sinop, a cerca de 500 quilômetros de Cuiabá, foi indiciado por homicídio qualificado, roubo, furto, posse irregular de arma de fogo adulterada. Oliveira e seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, morto em confronto com a polícia, mataram sete pessoas, entre elas uma menina de 12 anos, depois de perderem em jogo de sinuca na terça-feira de carnaval.

Seis pessoas morreram no local e a sétima vítima, no hospital. A adolescente foi atingida nas costas por tiros de uma espingarda calibre 12mm, quando tentava fugir.

O delegado Bráulio Junqueira informou que já encaminhou o inquérito para a Justiça: “Nossa parte foi finalizada, agora é com o Ministério Público e o Poder Judiciário”. O delegado pediu a conversão da prisão temporária em preventiva.

O inquérito foi encaminhado para o fórum de Sinop. Edgar Oliveira está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

O delegado disse que as “oitivas” dos policiais militares envolvidos na operação que culminou com a morte do comparsa de Araújo, Ezequias Souza Ribeiro, foram anexadas no mesmo inquérito policial. “Se o Ministério Público achar que deve ser feita mais alguma coisa com relação a isso, ele devolve pedindo.”

Segundo a polícia, Ribeiro morreu durante confronto com as forças policiais em uma mata próxima ao aeroporto da cidade. Ele chegou a ser socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

O crime

A chacina ocorreu no dia 21 de fevereiro, à tarde, na cidade de Sinop. Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro foram identificados por meio dos vídeos das câmeras de segurança do bar.

Depois de várias rodadas de sinuca, Oliveira perdeu em torno de R$ 4 mil. Mais tarde, retornaram e voltaram a perder mais duas rodadas. Neste momento, mostram as imagens, Oliveira se irrita, joga o taco na mesa e dá sinal para Araújo, que pega uma espingarda no carro. O primeiro a ser executado foi o dono do bar, depois o homem que tinha ganhado todas as rodadas.

Antes de saírem do local, Oliveira recolheu o dinheiro que estava sobre a mesa de sinuca, e levou celulares e outros objetos das vítimas.