20/09/2025 - 9:00
O Brasil é dono do maior rebanho comercial de bovino do mundo. Nesta semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgou o mais recente levantamento da produção pecuária municipal e atualizou o ranking das cidades com maior número de cabeças de gado em 2024.
No topo da lista está o município paraense de São Félix do Xingu, com 2,52 milhões de cabeças em 2024. O número representou um crescimento de 2,8% em comparação ao ano anterior – quando já era o primeiro do ranking – com uma adição de 67,8 mil cabeças.
Na segunda colocação aparece Corumbá (MS). O município encerrou o ano com 2,2 milhões de cabeças, quase 45 mil a mais do que em 2023. Fecha o Top 3 a cidade de Porto Velho (RO), com 1,8 milhões de cabeças e incremento de 22,4 mil cabeças em comparação ao ano anterior.
Municípios com mais cabeças de gado
Ainda que o ranking não tenha sofrido grandes alterações de um ano para outro, um dado que chama atenção é o dos municípios que mais ganharam animais em 2024. Dos cinco municípios que mais ganharam cabeças de gado de um ano para outro, os quatro primeiros estão no Pará e apenas um em Mato Grosso.
No topo da lista está Moju (PA). A pequena cidade de 92 mil habitantes a 130 quilômetros a sudoeste de Belém, viu seu rebanho praticamente dobrar em apenas um ano e chegar a 170,5 mil cabeças de gado. Em segundo aparece São Félix do Xingu, com um incremento de 67,8 mil cabeças. Fecha o top 3 a também paraense Monte Alegre, que ganhou 62,2 mil cabeças e chegou a um total de 373,4 mil.
Para fechar a lista dos cinco municípios que mais cresceram seus rebanhos aparece ainda Xinguara (PA), que alcançou um total de 558,2 mil cabeças com a chegada de 53,8 mil novos animais, e São Félix do Araguaia (MT), que ganhou 50,6 mil cabeças em 2024 e atingiu um rebanho total de 363,7 mil cabeças.
Queda no rebanho nacional
A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) deste ano confirmou o que já era esperado. O rebanho bovino brasileiro encolheu mais de 400 mil cabeças em 2024. Foram contabilizados 238,2 milhões de animais (-0,2%). Ainda assim, foi o segundo melhor desempenho da história, perdendo apenas para 2023.
Um dos motivos que justifica a queda foi o que aconteceu nos frigoríficos. Para abastecer a demanda interna e, especialmente, a externa, as empresas abateram um recorde de 39,7 milhões de cabeças.
Nesse sentido, o município de São João da Ponte (MG) foi o que mais perdeu animais. A cidade viu seu rebanho encolher em 77 mil cabeças. Fecha o top 3, em segundo lugar, o município de Porto Esperidião (MT), com queda de 64,2 mil cabeças, e em terceiro São Miguel do Araguaia (GO), que perdeu pouco mais de 64 mil animais no ano passado.