18/02/2021 - 16:46
A CIP afirmou nesta quinta-feira, 18, por meio de nota enviada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que assumiu “com integridade e responsabilidade as deficiências tecnológicas que impactaram, especialmente, a última semana de testes em janeiro e se comprometeu com a contribuição tornada público no Termo de Compromisso” assinado com o Banco Central. A CIP e o BC assinaram um termo em que a registradora se compromete a concluir os testes para início das operações com recebíveis no Brasil. A empresa também terá que pagar R$ 30 milhões por conta dos atrasos.
“Nosso posicionamento foi no intuito de minimizar os riscos sistêmicos e a manutenção da concessão do crédito aos estabelecimentos comerciais que utilizam os recebíveis de cartões como garantia destas operações”, disse a CIP por meio de nota.
O termo de compromisso e a cobrança de contribuição pecuniária da CIP surgem após o BC ter anunciado, na última sexta-feira, o adiamento da entrada em vigor da regulação sobre registro de recebíveis, de 17 de fevereiro para 7 de junho de 2021.
A medida foi tomada porque a CIP – uma das três registradoras autorizadas a funcionar – declarou ainda não estar pronta para operar no prazo original. As credenciadoras Cerc e Tag cumpriram as exigências. Em outubro do ano passado, o BC já havia promovido um adiamento da entrada em vigor do registro de recebíveis de cartões.
O recebível corresponde à receita que um lojista tem a receber com as vendas realizadas por meio de cartão de crédito ou de débito. Na prática, com o registro em empresas como a CIP, os lojistas poderão acessar, de forma mais segura, empréstimos garantidos por estes recebíveis ou mesmo vendê-los no mercado.