27/09/2022 - 12:57
O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, usou suas redes sociais na manhã desta terça-feira (27) para questionar eventuais investigações sobre gastos do candidato à reeleição, presidente Jair Bolsonaro (PL), com despesas pessoais ao invés de se investigar outros escândalos, como por exemplo, as vendas da refinaria Landulpho Alves e outras feitas pelo governo.
“Qualquer tipo de investigação é bem-vinda, qualquer tipo de crime – se comprovado – deve ser punido, mas surpreende que em um governo com mega escândalos, autoridades e imprensa deem mais atenção a contas de babá e manicure, em celular de ajudante de ordem de Bolsonaro”, criticou no Twitter.
Conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira,26, a Polícia Federal encontrou no telefone do principal ajudante de ordens do presidente mensagens que levantaram suspeitas de investigadores sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República. O material analisado pela Polícia Federal indica que as movimentações financeiras se destinavam a pagar contas pessoais da família presidencial e também de pessoas próximas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Em contraponto a eventuais investigações sobre esses assuntos revelados recentemente, Ciro cobrou que fossem investigadas “as vendas da refinaria Landulpho Alves, dos gasodutos, da carteira de crédito do BB, da Eletrobras, do propinoduto da Codevasf, das barras de ouro do MEC etc, etc? E por que nenhum outro candidato, além de mim trata destes temas?”, completou
O presidenciável sugere que o motivo de não se investigar ou não haver questionamentos sobre essas vendas e temas “seria, por acaso, porque alcançariam os mesmos super-ricos que ditam os juros mais altos do mundo, que concentram a riqueza da nação e fazem nossa dívida pública cresce R$ 1 trilhão de reais a cada trilhão pago?”, conclui.