A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) uniu-se a 16 entidades para combater a pirataria de medicamentos de uso veterinário. Uma campanha nacional inédita contra o comércio ilegal destes produtos foi lançada durante a 37ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), em Esteio (RS).

A iniciativa tem por objetivo informar e educar os integrantes da cadeia produtiva de proteína animal sobre os riscos e os malefícios do uso de medicamentos veterinários falsificados, contrabandeados, sem registro e produzidos a partir de formulações caseiras.

A campanha, desenvolvida pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), busca reduzir o espaço dos produtos comercializados de forma ilegal no mercado brasileiro. Esta fatia representa cerca de 15% do segmento de saúde animal, ou cerca de R$ 600 milhões anuais.

A primeira ação da campanha será a divulgação massiva de banners, envio de email marketing, cartazes e cartilhas aos associados e nos pontos de vendas. Os organizadores esperam também contar com o apoio da mídia para alertar os produtores. As entidades já entraram em contato com as autoridades federais, estaduais e municipais para alertar sobre a gravidade do tema e buscar apoio.

Além da CNA e do Sindan, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ),  Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), Associação Nacional dos Confinadores (ASSOCON), Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) são parceiros na campanha.

Também integram o grupo que combate o comércio ilegal o Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (FONESA), Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES) e Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Eles alertam que existem algumas informações certificam a legalidade e a qualidade do medicamento veterinário. São eles:
– Embalagem contendo a aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), bem como número de registro no Ministério;
– Identificação do responsável técnico;
– Existência de telefone de serviço ao consumidor do fabricante;
– Embalagens em língua portuguesa, indicando a data de fabricação e validade; e
– Consulta ao Compêndio de Produtos Veterinários do SINDAN.