13/06/2016 - 12:58
Membros da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniram nesta quinta-feira (09/06), em Brasília, para tratar, entre outros assuntos, do seguro rural e do alongamento do prazo de reembolso dos financiamentos para regiões afetadas por problemas climáticos.
Com frequência, têm ocorrido variações climáticas adversas, em várias regiões do país: chuvas em excesso na região Sul e grandes períodos de estiagem, principalmente na região do MATOPIBA (iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e em Goiás.
Durante o encontro, o presidente da Comissão Nacional de Políticas Agrícolas da CNA, José Mário Schreiner, reforçou a necessidade de se ampliar o debate, visando as soluções para as questões de seguro e de financiamentos agrícolas. “Priorizar o crédito de custeio, ainda mais neste período de dificuldade econômica, é fundamental, pois o crédito tende a diminuir bastante. O Brasil precisa de um seguro rural eficiente para que a produção agrícola continue a crescer”, ressaltou.
Schreiner frisou o delicado momento que o Brasil vive com as perdas significativas na safra e na safrinha de várias culturas, em decorrência de fatores climáticos adversos, o que aumenta o drama dos produtores que não se sentem seguros por falta de apoio financeiro eficiente “Nos preocupa muito a situação futura dos produtores rurais dessas regiões afetadas pelo clima hostil”.
Houve unanimidade no encontro sobre a necessidade de se buscar medidas complementares imediatamente para vários municípios, principalmente aqueles onde se declarou estado de emergência. “Levamos essa preocupação ao Ministério da Fazenda e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, disse o presidente da Comissão.
E acrescentou ser preciso buscar uma política que possa sustentar-se minimamente, trazendo alento para as perdas dos produtores rurais. “A crise é um momento bastante oportuno para o aprofundamento dessas discussões”.
José Mário Schreiner finalizou dizendo “não acreditar que a atividade agropecuária brasileira, que vem garantindo o crescimento econômico do país, não consiga estruturar um modelo eficiente de seguro, com recursos necessários à manutenção do sistema produtivo”.
Também foram debatidos na reunião a renegociação de dívidas, os encaminhamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, a Lei Plurianual Agrícola, a negociação coletiva do seguro rural para soja e o andamento de estudos e mudanças no Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Fonte: Ascom