16/06/2025 - 11:53
A colheita de milho segunda safra no centro-sul do Brasil havia atingido cerca de 5% da área cultivada até a última quinta-feira), contra 1,9% uma semana antes e 21% um ano atrás, um avanço mais lento que o esperado devido à umidade elevada em meio a chuvas, afirmou a consultoria AgRural nesta segunda-feira, 16.
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O analista da AgRural Adriano Gomes citou como exemplo o oeste do Paraná, que poderia estar com os trabalhos mais avançados, não fossem as precipitações.
A região tinha 6% da área colhida até a semana passada, mas aproximadamente 18% dos cultivos estavam prontos, com o produtor esperando a umidade baixar.
“Estamos com um atraso considerável em relação ao ano passado. Apesar de a safra ser maior, não consegue compensar nesse momento a oferta de milho entrando no mesmo período do ano passado”, explicou Gomes, à Reuters.
A segunda safra de milho responde pela maior parte da colheita do cereal do país.
A consultoria estimou no início de junho a produção total do Brasil (incluindo primeira, segunda e terceira safras) em 128,5 milhões de toneladas, ante 124,8 milhões da estimativa de abril, em função de produtividades mais altas na “safrinha” da maioria dos Estados, com destaque para Mato Grosso.
Além do oeste do Paraná, produtores do sul de Mato Grosso do Sul e em áreas de Mato Grosso não conseguiram avançar com as máquinas na semana passada por conta da alta umidade dos grãos.
“Isso se deve às pancadas de chuva que vêm sendo registradas e às temperaturas noturnas mais baixas, que garantem a formação de orvalho”, explicou a consultoria em relatório.
Por outro lado, a expectativa é de que as chuvas diminuam em Mato Grosso, onde a colheita poderá ganhar mais velocidade, disse a AgRural.
“No oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul, porém, as precipitações devem continuar acontecendo e dificultando maiores avanços.”